O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que o setor de saúde no Brasil é uma "ótima oportunidade de negócios" e cobrou mais investimento privado, principalmente para o enfrentamento da pandemia. Queiroga participou do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil.
"Neste momento de crise, o ministério da saúde propõe pela primeira vez em duas décadas o estabelecimento de uma política transversal integrada e intersetorial com objetivo de estabelecer uma atuação conjunta ( com o setor privado)", disse o ministro, completando: "A saúde além de direitos fundamentais é uma ótima oportunidade de negócios".
Segundo o ministro, o país tem uma rede de 698 planos de saúde de assistência médica, com receitas anuais que ultrapassam R$ 220 bilhões. Ele defendeu a fabricação no país de insumos estratégicos para o SUS.
Queiroga destacou que o governo federal aumentou “significativamente” o investimento na área de saúde em 2020, totalizando R$ 65 bilhões, o que permitiu aumentar a transferência de recursos para estados e municípios. No entanto, ele não citou o corte no orçamento deste ano. E em meio à pandemia, o corte na pasta foi de mais de R$ 2 bilhões.
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Na semana passada, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems) pediram mais recursos para estados e municípios e alertaram para o recrudescimento da crise no país. De acordo com as entidades, é fundamental aumentar o aporte para garantir o atendimento aos pacientes com Covid-19.
Em sua participação no fórum, Queiroga também ressaltou o avanço na vacinação no Brasil. Repetiu que, com a compra de 600 mil doses de imunizantes pelo governo, “ tem certeza” que até o fim do ano toda a população brasileira estará vacinada.
Até gora, segundo ele, foram mais de 96 milhões de doses de vacinas distribuídas. Ele enfatizou que o governo está lançando o programa de testagem em massa, mas não deu detalhes de quando começa.
"Cada 10% da população vacinada aumenta em 0,13 ponto porcentual as projeções de crescimento da economia", afirmou.
O ministro também citou as orientações do presidente Jair Bolsonaro que tem alertado para “necessidade de conciliar" assistência de saúde com o desenvolvimento da economia.