Em busca de apoio, o ministro da Economia, Paulo Guedes , deve passar a despachar um dia por semana no escritório do ministério em São Paulo . O plano é que isso aconteça todas as q uintas-feiras , na medida do possível.
Guedes tem sido aconselhado por auxiliares a não ficar apenas em Brasília e a buscar diálogo com outros setores da sociedade que estão fora do circuito, como economistas com voz na mídia e lideranças de pequenos empreendedores, que moram em favelas e no interior.
A ideia é manter o diálogo e ouvir pessoas que não têm oportunidade de falar com o governo, como empreendedores de Heliópolis e Paraisópolis, disse um auxiliar do ministro.
Segundo essa fonte, São Paulo é a base forte da economia e, por isso, deve fazer parte da agenda do ministro com maior frequência.
A avaliação é de que o clima entre Guedes e o Congresso, sobretudo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está favorável, diante da sinalização positiva de andamento das reformas, como administrativa e tributária. No entanto, é preciso abrir outras frentes.
Na terça-feira desta semana, Guedes despachou em São Paulo. Ele se reuniu com assessores no gabinete do Ministério em São Paulo, almoçou com um grupo de empresários e teve audiência com representantes de instituições financeiras. Encerrou o dia com uma palestra virtual em um evento do BTG Pactual.
Guedes também tem sido aconselhado a não falar publicamente de assuntos fora da seara econômica, como quando se referiu ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), no fim de abril.
Na ocasião, o ministro disse que o filho do porteiro do prédio em que morava havia recebido uma bolsa de estudos mesmo tendo recebido nota zero na prova. A declaração rendeu muitas críticas. Guedes afirmou depois que se referia a universidades “caça-níqueis” que aprovam estudantes sem critérios rígidos de avaliação.