Empresários se recusam a comprar vacinas fora do SUS; veja nomes

Grupo vai contra a dupla Hang e Wizard que lutou pela liberação

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Luciano Hang foi um dos que fez lobby pela aprovação da medida

Apesar do Congresso ter aprovado a compra de vacinas pelo setor privado , a adesão à modalidade tem sido baixa. O projeto, apelidado de " fura-fila da vacina", que permite que empresas vacinem seus funcionários fora do SUS (Sistema Único de Saúde), foi capitaneada por Luciano Hang e Carlos Wizard, donos da Havan e da rede de idiomas Wizard, respectivamente. 

“Sou contra. Quem tem que comprar vacina é o Estado. Não pode haver competição”, diz Pedro Wongtschowski à Folha de São Paulo, acionista e presidente do conselho de administração da Ultrapar, que também engloba o Posto Ipiranga, Ultragaz e Extrafarma.

Concorda com Pedro,  Horácio Lafer Piva , acionista da Klabin. "Sendo uma pandemia, um evento público, eu advogo que ajudemos com insumos e logística, mas não nos envolvamos em compra e aplicação, exceto esta última usando a rede pública e privada para o ato final”, afirma.

Um empresário do setor bancário classificou como "barbaridade" a atitude, porém manteve seu nome em sigilo para reportagem da Folha.

Guilherme Leal , cofundador da Natura e copresidente do conselho de administração da empresa, classificou a atitude como "indecente". “Acho um absurdo furar fila porque a empresa é mais ou menos poderosa em relação a outras tantas empresas que não fazem isso. Não faz sentido nenhum.”

Atualmente, a lei obriga que todas as doses sejam destinadas ao ministério da Saúde até que todos os grupos prioritários sejam vacinados.