Depois de apresentar números positivos no segundo semestre de 2020, a economia brasileira continuou crescendo e registrou alta de 2,3% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central ( IBC-Br ) divulgado nesta quinta-feira (13).
O resultado foi positivo principalmente em janeiro e fevereiro, mas foi puxado para baixo por uma queda generalizada de atividade em março. Foi o mês em que o recrudescimento da pandemia causou a necessidade de novas medidas de distanciamento social. De acordo com o IBGE, o setor de serviços caiu 4% em março e voltou a ficar abaixo do nível pré-pandemia .
Já a produção industrial caiu 2,4% em março pela paralisação em diversas fábricas por conta da falta de insumos, como peças e componentes. O varejo também sofreu com o recrudescimento da pandemia, além do desemprego elevado e da inflação, que diminuem o poder de compra do consumidor, e caiu 0,6% em março.
O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia do PIB por calcular o índice de atividade econômica, mas usa metodologia diferente do IBGE, responsável pelo número oficial.
A expectativa do mercado é que o ano seja de recuperação. De acordo com o relatório Focus, a projeção de atores do mercado financeiro é de uma alta no PIB de 3,2%. Essa é a mesma expectativa do Ministério da Economia.
O Banco Central é um pouco mais otimista e prevê crescimento de 3,6% para este ano. O Fundo Monetário Internacional (FMI) compartilha da mesma projeção para 2021.