95% da produção científica do Brasil vem das universidades públicas
Reprodução / MEC
95% da produção científica do Brasil vem das universidades públicas


Um levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostrou que as universidades públicas tiveram corte de R$ 1 bilhão em seu orçamento para 2021. Segundo a organização, a baixa prejudica o avanço da ciência no país. 

A verba faz parte dos gastos discricionários , que mantém as instituições funcionando, como água, luz e infraestrutura.

Na última segunda-feira (11), a Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) afirmou que o corte de R$ 87 milhões ameaça as despesas essenciais do campus que, segundo eles, corre o risco de “fechar as portas”.



“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes, e não pela preservação dessas instituições. A Universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A Universidade está sendo inviabilizada”, diz a reitora da Universidade, Denise Pires de Carvalho.

Segundo a Andife, houve um corte de pelo menos 18% em relação ao orçamento de 2020. 69 universidades federais do país serão impactadas pela redução.

Na corrida contra a covid-19 no Brasil, três vacinas foram desenvolvidas por essas instituições de ensino e estão em processo de pesquisa laboratorial. Se avançarem nos testes, poderão ir para as fases clínicas em breve.

Elas são a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), da UFRJ e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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