Um levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) mostrou que as universidades públicas tiveram corte de R$ 1 bilhão em seu orçamento para 2021. Segundo a organização, a baixa prejudica o avanço da ciência no país.
A verba faz parte dos gastos discricionários , que mantém as instituições funcionando, como água, luz e infraestrutura.
Na última segunda-feira (11), a Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) afirmou que o corte de R$ 87 milhões ameaça as despesas essenciais do campus que, segundo eles, corre o risco de “fechar as portas”.
“A UFRJ fechará suas portas por incapacidade de pagamento de contas de segurança, limpeza, eletricidade e água. O governo optou pelos cortes, e não pela preservação dessas instituições. A Universidade nem sequer pode expandir a arrecadação de recursos próprios, pois não estará garantida a autorização para o gasto. A Universidade está sendo inviabilizada”, diz a reitora da Universidade, Denise Pires de Carvalho.
Segundo a Andife, houve um corte de pelo menos 18% em relação ao orçamento de 2020. 69 universidades federais do país serão impactadas pela redução.
Na corrida contra a covid-19 no Brasil, três vacinas foram desenvolvidas por essas instituições de ensino e estão em processo de pesquisa laboratorial. Se avançarem nos testes, poderão ir para as fases clínicas em breve.
Elas são a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), da UFRJ e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).