Deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido), se justaram ao lobby dos servidores públicos
e ameaçam adiar a reforma administrativa
só para 2023 para evitar desgastes políticos em ano de campanha eleitoral
.
As mudanças nas carreiras do funcionalismo público , que são uma das principais promessas do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde a campanha de 2018, mais uma vez correm o risco de serem adiadas.
Deputados da bancada da bala , que em sua maioria vieram do funcionalismo público (policiais civis, militares e federais) temem dar andamento à pauta e perder suas bases de apoio.
Também há resistência da oposição.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também é líder do centrão, tem pressa na tramitação da reforma e prevê a entrega ao Senado em julho.
Um dos compromissos firmados com base, oposição e governo, por exemplo, é a realização de audiências públicas até a sexta-feira (14) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
"A gente vai tocar porque é pauta do governo. A gente não pode desistir, mas estou fazendo uma avaliação política: acho que fica mais complicado", disse Bia Kicis , presidente da CCJ à Folha de S. Paulo. Para ela, é melhor deixar a tramitação para 2023.