Um estudo aponta que nas regiões metropolitanas
os ricos ganham 39 vezes
mais do que os mais pobres. O Boletim das Metrópoles, realizado pela PUC-RS
indica recorde na desigualdade salarial
, atingido em 2021, após o fim dos pagamentos do auxílio emergencial
.
São utilizados dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), realizada pelo IBGE , cuja série histórica começa em 2012.
A renda dos 10% mais ricos representa 40% dos mais pobres, considerando a média dos quatro trimestres de 2020. Um ano antes, essa diferença era de 29 vezes.
Essa diferença é devido à perca de renda de 2019 para 2020. Com a pandemia, os mais pobres tiveram redução maior do que os mais ricos.
Considerando apenas a média do último trimestre de cada ano, a renda trabalhista para os mais pobres recuou 34,2%, de R$ 237,18 por mês no final de 2019 para R$ 155,95 nos últimos três meses de 2020.
Entre os 10% mais ricos, o recuo foi de apenas 6,9%, para R$ 6.356. Para o grupo intermediário, que representa 50% da população, caiu 8,6%, para R$ 1.195.
Por região
- João Pessoa 88,3 vezes
- Rio de Janeiro 59,7 vezes
- São Paulo 40,2 vezes
- Curitiba e Goiânia, ambas com 23,2 vezes
Isso fez com que a desigualdade, medida pelo índice de Gini, atingiu patamar recorde de 0,631 no último trimestre de 2020, de acordo com a média móvel de quatro trimestres. Um ano antes, estava em 0,609. Quanto maior o valor, maior a desigualdade.