O antigo Minha Casa Minha Vida, renomeado para Casa Verde Amarela pelo governo Bolsonaro, terão, ao menos, 215,8 mil obras paralisadas devido aos cortes promovidos no Orçamento de 2021.
Desse total, 86,4 mil (cerca de 40% do total) estão no Nordeste , e 39,3 mil (18%), no Norte, justamente as regiões com os piores índices habitacionais do país. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), pasta responsável pelo programa, e foram levantados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
De acordo com os dados do MDR, São Paulo (28,4 mil), Pará (25,9 mil) e Maranhão (20,4 mil) são os três estados com os maiores números obras interrompidas.
Bolsonaro vetou R$ 1,5 bilhão que seriam destinados ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), responsável por administrar a verba do programa e financiar obras da faixa 1, destinada a famílias de baixa renda, com vencimentos de até R$ 1,8 mil por mês, do Minha Casa Minha Vida.
De acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), que calcula o déficit habitacional no Brasil desde 1995, em 2019, mais de 5,8 milhões brasileiros moravam em habitações precárias ou improvisadas, ou pagavam ônus excessivo de aluguel.