Tripulação presa no navio Ever Given
Divulgação/Federação Internacional dos Trabalhadores em Transporte (ITF)
Tripulação presa no navio Ever Given

Há quase um mês encalhado no Canal de Suez , no Egito, o navio Ever Given ainda está cheio com a tripulação parada no Grande Lago Amargo, ao norte do canal. Os embarcados estão no meio de um conflito milionário entre um navio de bandeira panamenha, de propriedade de uma holding japonesa, operado por uma empresa alemã, com tripulação indiana. 

Três semanas depois da dragagem que liberou o navio, em 29 de março, 25 tripulantes ainda estão presos, mas de "bom humor", segundo visitantes. 

A liberação deles depende de uma solicitação do governo egípcio. As autoridades entendem que a empresa precisa pagar US$ 1 bilhão (R$ 5,43 bilhões) para reparar os danos causados pelo período empacado, e também pela operação de retirada.

"É natural que eles fiquem ansiosos com a incerteza da situação", disse à BBC Mundo Abdulgani Serang, do sindicato Indian Boaters' Union, que representa a equipe do Ever Given.

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Alguns meios de comunicação na Índia dizem que existe a preocupação do sindicato de que a tripulação possa ser usada como uma espécie de "sequestro", inclusive com possibilidade de prisão domiciliar, até que a empresa alemã pague o montante. Apesar de tudo, o salário de março foi depositado aos tripulantes. 

"Parece que a tripulação indiana a bordo do Ever Given terá que estar preparada para uma longa prisão", disse o capitão Sanjay Prashar ao jornal The Times of India.

No momento, o status oficial do navio é de "confiscado".

Essa não é a primeira vez que a tripulação de um navio fica presa contra sua vontade. Em junho de 1967, 15 navios que passavam pelo mesmo canal foram pegos no fogo cruzado entre Israel e o bloco formado pelo Egito, Síria e Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias

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