A pandemia e as consequentes restrições para tentar conter a Covid-19 atingiram em cheio os bares, restaurantes e lanchonetes.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), nada menos que 12 mil estabelecimentos fecharam as portas desde março de 2020 na cidade de São Paulo. Para piorar, entre os estabelecimentos que conseguiram reabrir, estima-se que de 10% a 15% deles irão colapsar. Além disso, cerca de 85% dos negócios correm risco de fechar se não houver auxílio para o pagamento de salários de funcionários e redução de jornada.
No último sábado, a capital entrou na segunda semana da fase transitória do Plano São Paulo, com bares e restaurantes podendo reabrir. Entretanto, a mudança não deve "animar" todo o setor, já que, de acordo com a Abrasel-SP, 20% dos estabelecimentos da capital não devem retomar as atividades porque os custos de operação não compensam. A associação estima ainda que o faturamento dos estabelecimentos não devem chegar a 25% do que se arrecadava antes da pandemia.
Decreto
Em meio à crise, a Prefeitura de São Paulo publicou no Diário Oficial um decreto que amplia um projeto para que bares e restaurantes instalem mesas em vagas de estacionamento na rua para o atendimento de clientes durante a quarentena.
Vale lembrar que as regras municipais de combate ao coronavírus proibiam o atendimento ao público em mesas e cadeiras na calçada ou na rua. A exceção era justamente para os estabelecimentos que tinham os chamados "parklets".
Os estabelecimentos interessados na instalação poderão se cadastrar para participar do "Ruas SP" por meio do site da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. A prefeitura não vai cobrar nenhuma taxa, mas os restaurantes deverão arcar com os custos de instalação das estruturas.