Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho
Reprodução: iG Minas Gerais
Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho

No Planalto , o ministro Roberto Marinho , da pasta de Desenvolvimento Regional é visto como "desenvolvimentista", por ser favorável ao aumento de gastos públicos, contra o "liberal" Paulo Guedes , que preza pela austeridade fiscal. 

No Orçamento deste ano, o Ministério mais beneficiado pelo aumento das emendas parlamentares, do Desenvolvimento Regional (MDR), foi também a que mais perdeu recursos com os vetos e bloqueios feitos pelo presidente Jair Bolsonaro . A íntegra da peça orçamentária de 2021 foi publicada  nesta sexta-feira.

O ministério comandado por Rogério Marinho perdeu R$ 9,4 bilhões entre vetos e bloqueios, segundo dados compilados pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado.

Nos bastidores , o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribui a Marinho o aumento das emendas parlamentares extras, que são indicações de obras e projetos por aliados do governo em suas bases eleitorais.

De modo geral, há um conjunto de pequenas obras como calçadas, praças, parques, feiras públicas, áreas de lazer e estradas vicinais escolhidas para serem construídas nas bases eleitorais dos parlamentares aliados ao governo.

Também há recursos para aquisição de máquinas e equipamentos que costumam ser destinados para prefeituras comandadas por aliados de deputados e senadores próximos ao governo.

O MDR também é responsável por executar um conjunto de obras de segurança hídrica, como barragens, cisternas, açudes e poços.

Ajuste nos ministérios

Depois do MDR, quem mais perdeu recursos foi o Ministério da Educação. A pasta perdeu R$ 3,9 bilhões. A maior parte das ações afetadas são relacionadas ao ensino superior e manutenção de universidades.

Na sequência, o Ministério da Infraestrutura perdeu R$ 3,5 bilhões. Depois, o Ministério da Defesa teve cortado do seu Orçamento um total de R$ 3,2 bilhões.

Mesmo diante da crise causada pela Covid-19, o Ministério da Saúde perdeu R$ 2,2 bilhões. Apesar do veto, os gastos com a pandemia devem ser reforçados por meio de créditos extraordinários, fora das regras fiscais.

Os ministérios da Economia e da Agricultura também perderam recursos acima de R$ 1 bilhão.

Para ajustar o Orçamento deste ano, Bolsonaro vetou R$ 19,8 bilhões em gastos e bloqueou outros R$ 9,2 bilhões. O recurso será usado para recuperar as despesas obrigatórias, que foram subestimadas pelo relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC).

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