O iFood , principal aplicativo de delivery do Brasil, anunciou que vai ampliar a taxa mínima de entregas e garantir maior proteção aos entregadores em caso de acidentes. Em projeto piloto em Curitiba, motoboys que se acidentarem terão direito a um auxílio de até R$ 700, e a expectativa é ampliar a novidade para todo o País até junho.
Segundo a novidade anunciada pelo iFood, caso entregadores sofram acidente e fiquem sem trabalhar por até sete dias, eles receberão, enquanto estiverem afastados, auxílio financeiro equivalente a 70% do valor médio diário recebido no mês anterior ao acidente, com o limite de R$ 700. Durante esse período, o trabalhador não poderá realizar entregas, e o aplicativo deverá ficar bloqueado, por sua segurança, segundo o iFood. Após esse prazo de sete dias bancado pela empresa, ele poderá voltar a realizar entregas normalmente.
Hoje, a empresa já oferece seguro para os motoboys, mas apenas em casos de invalidez permanente total ou parcial por acidente, morte acidental, e ainda para despesas médicas, hospitalares ou odontológicas.
A taxa mínima por entrega também já é uma realidade, que foi melhorada. Se antes cada entrega gerava a remuneração mínima de R$ 5, a partir de agora o valor será de R$ 5,31 , a ser custeado pelo iFood. A empresa garante também que esse frete terá revisão periódica.
Questionado pelo iG se o reajuste da taxa mínima de entrega pode afetar o preço do frete para o consumidor final, o iFood retornou dizendo que "Ao realizar um pedido no iFood, este pedido pode ser entregue pelo Restaurante ou pode ser entregue por um entregador parceiro cadastrado na plataforma. No primeiro caso, o próprio Restaurante estabelece os valores da taxa de entrega, no segundo caso, os valores da taxa de entrega podem variar de acordo com a cidade, distância, dias da semana, tempo, entre outros fatores, mas os valores são repassados para os entregadores parceiros."
No ano passado, em função da pandemia de Covid-19 , o iFood anunciou dois fundos de apoio, o Fundo Solidário, para quem tiver sintomas de Covid-19, e o Fundo Proteção, para entregadores que façam parte do grupo de risco. Ambos seguem ativos, e a empresa diz que, em um ano, cerca de quatro mil entregadores foram beneficiados, com uma cobertura de quase R$ 30 milhões.
A empresa lembra também da compra de kits de proteção e medidas de apoio tomadas em parceria com restaurantes, garantindo, por exemplo, banheiros, álcool gel e espaços para uso dos motoboys entre o deslocamento das entregas.
"Os entregadores são parceiros fundamentais e por isso nunca deixamos de apoiá-los. Queremos evoluir em nossas iniciativas e melhorar cada vez mais essa relação. Apenas no último ano, mais de R$ 113 milhões foram destinados para garantir a proteção à saúde dos entregadores. Realizamos pesquisas internas e externas com milhares de entregadores e, com elas, identificamos oportunidades e estudamos como aprimorar a experiência e promover mais clareza e transparência em nossa comunicação", explica Claudia Storch, diretora de Logística do iFood.