Presidente voltou a criticar governantes que implementam restrições ao comércio
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Presidente voltou a criticar governantes que implementam restrições ao comércio

Um dia  após reunir chefes de Poderes, ministros e governadores para buscar uma estratégia conjunta de enfrentamento à pandemia da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de isolamento social decretadas por prefeitos e governadores nesta quinta-feira em pelo menos duas ocasiões.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que "não sabe onde vai parar o Brasil" se a política do 'feche tudo continuar'. Pouco antes, em evento no Palácio do Planalto, ele culpou gestores que determinaram o lockdown pelo fechamento de empresas.

"Agora, se a economia parar, pessoal, se a política 'feche tudo' continuar de forma radical, a gente não sabe onde vai parar o nosso Brasil aí. Na favela Chaparral (DF), na semana passada, vimos os problemas lá. Eu gostaria que prefeitos e governadores, alguns devem fazer, mas que a grande maioria fosse visitar essas pessoas para ver como estão vivendo", disse Bolsonaro .

De acordo com Bolsonaro, a nova rodada do auxílio emergencial , que será iniciada em abril, servirá para ajudar aqueles atingidos pela política do 'fique em casa, feche tudo', desconsiderando os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Ele também afirmou que o governo federal foi o responsável por manter "a economia viva" no ano passado.

Durante a transmissão, o presidente elogiou o trabalho do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , que deixou o cargo esta semana após uma série de críticas por sua atuação na pandemia, e afirmou que é graças a ele que o Brasil terá 500 milhões de doses de imunizantes até o final do ano.

Na mesma frase, o presidente cometeu um ato falho ao dizer que "medidas contra a vacina começaram a ser tomadas lá atrás" . Alguns minutos depois, foi informado por um auxiliar sobre o erro e corrigiu a informação.

"Nos preocupamos sim com a vida. As medidas contra a vacina começaram a ser tomadas lá atrás. Muita gente nega isso aí, é negacionista , mas é verdade que hoje em dia graças ao trabalho do ministro Pazuello , hoje em dia temos condições, até o final do ano teremos 500 milhões de doses de vacina para o Brasil", disse.

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Bolsonaro também insinuou que falta aos prefeitos e os governadores estaduais informarem corretamente as doses de imunizantes que receberam. O país vacinou até o momento cerca de 5% da população.

Mais cedo, em cerimônia no Planalto, Bolsonaro culpou gestores que decretam medidas restritivas de circulação pelo fechamento de empresas: "é o governo mostrando sua sensibilidade, sabendo que o desemprego, o fechamento de empresas parte diretamente de quem pratica o lockdown".

Em outro momento, ele afirmou que outras categorias, como do setor de bares e restaurantes, "têm sofrido muito com decretos estaduais e municipais que têm fechado seus comércios".

A transmissão desta semana foi mais curta do que o habitual e durou cerca de 20 minutos. Logo no início, o presidente informou que seria breve. Ele relatou que a semana tem sido "bastante complicada" porque "muitas coisas aconteceram". No auge da pandemia, Bolsonaro tem sido pressionado a demitir o chanceler Ernesto Araújo por lideranças do Congresso.

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