O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (18) que vai antecipar de cinco feriados
na capital paulista por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A informação foi divulgada em coletiva virtual.
De acordo com a gestão municipal, a medida visa reduzir a circulação de pessoas nas ruas, principalmente nos setores da indústria e empresas que ainda seguem funcionando de forma presencial durante a "fase emergencial" em todo o estado, que teve início na última segunda-feira (15).
Confira como fica o calendário:
Ao todo, serão cinco feriados municipais antecipados, sendo dois de 2021 e três de 2022.
De acordo com a prefeitura, do dia 26 de março a 4 de abril não haverá dia útil em São Paulo. Os feriados antecipados cairão em 26, 29 30 e 31 de março, além de 1º de abril. De acordo com Covas, somando-se o feriado nacional do dia 2 de abril (Paixão de Cristo), serão dez dias de folga em que os paulistanos devem permanecer em casa.
"Vamos antecipar os dois feriados municipais que temos esse ano e os três municipais que temos em 2022 para que a gente possa reduzir a circulação de pessoas. Esses cinco feriados serão antecipados para os dias 26, 29, 30, 31 e dia 1°, juntando, inclusive, com o feriado nacional, que nós temos na sexta-feira (2). Portanto, nós teremos um prazo que vai de sexta-feira, dia 26, até dia 4 de abril, domingo, sem dia útil, para poder exatamente forçar a cidade a parar", afirmou Bruno Covas.
"A cidade que nunca parou, que trabalha, que é a soma e os esforços de migrantes, precisa parar para que a gente não tenha mais casos como esse de pessoas que não conseguem ser atendidas e venham a óbito por falta de atendimento", acrescentou o prefeito de São Paulo.
A estratégia de antecipar feriados também já foi utilizado no ano de 2020. Na ocaisão, a Prefeitura de São Paulo antecipou os feriados de Corpus Christi e o da Consciência Negra para frear o avanço de casos de Covid.
Primeira morte por falta de leito foi confirmada na capital
A pressão do aumento de casos e internações por Covid-19 atingiu, nesta semana, o ponto mais dramático até então na capital paulista. De acordo com o prefeito Bruno Covas (PSDB), São Paulo registrou a primeira morte de paciente por Covid-19 sem atendimento, na Zona Leste da Cidade. Atualmente, 88% dos leitos de UTI estão ocupados na região metropolitana.
"Infelizmente, nós tivemos o primeiro caso, na Zona Leste de São Paulo, uma pessoa faleceu sem conseguir atendimento aqui na cidade. Infelizmente a gente vê colapsando o sistema de saúde", afirmou Covas, em entrevista à GloboNews.