MPF investiga se Jair Renan cometeu crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro
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MPF investiga se Jair Renan cometeu crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro

O Ministério Público Federal (MPF) investiga se Jair Renan Bolsonaro , filho do presidente Jair Bolsonaro , teria atuado para favorecer uma empresa de mineração em aproximação com o governo federal. A investigação aponta possível “tráfico de influência e lavagem de dinheiro”. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com as investigações, o “filho 04” de Bolsonaro teria ganho um carro elétrico, avaliado em R$ 90 mil, da empresa Gramazini Granitos, em outubro do ano passado. Um mês depois, Jair Renan teria intermediado a realização de uma reunião entre membros da mineradora e o ministro de Desenvolvimento Regional , Rogério Marinho. Segundo a pasta, o encontro foi realizado com a presença do filho do presidente.

Os investigadores ainda apuram a participação de Jair Renan na Gramazini Granitos e Mármores Thomazini. Em setembro de 2020, Bolsonaro teria ido ao Espírito Santo para conhecer as dependências da empresa. Lá, ele teria sido recebido com um grafite com o rosto do pai estampado em uma das pedras da mineradora localizada em Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Gramazini e Thomazini também teriam prestigiado a festa de inauguração da empresa de eventos de Jair Renan, realizado no fim do ano passado em um camarote no Estádio Mané Garricha. Os empresários ainda teriam doado uma placa em homenagem ao evento.

Suspeita de interferência

Desde setembro de 2019, a empresa recebe benefícios fiscais do governo federal, como o pagamento de 25% do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ). Fora isso, a mineradora teria sido beneficiada com a autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) para explorar novas áreas.

O MPF acredita que os empresários estão vendo em Jair Renan a possibilidade de expandir seus negócios, que se concentram no Espírito Santo, Ceará, Bahia e Minas Gerais. Há ainda o objetivo de alavancar as negociações para atuação internacional, principalmente nos Estados Unidos e Israel.

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A aposta é que aproximação com o filho de Jair Bolsonaro poderá facilitar nas negociações de entre os países.

Outro lado

Jair Renan Bolsonaro e o Palácio do Planalto não se pronunciaram sobre o assunto até o momento.

Ao O Globo , o advogado do filho de Bolsonaro, Frederick Wassef, afirmou que "seu cliente jamais recebeu ou ganhou carro elétrico da referida empresa mencionada na reportagem. Fato este inverídico”. Wassef ressaltou que Jair Renan "também não praticou nenhuma irregularidade e não atuou para nenhuma empresa ter acesso ao governo. Trata-se de ilação irresponsável para uma vez mais tentarem atacar o Presidente da República com coisas que não existem”.

O Ministério de Desenvolvimento Regional confirmou a participação de Jair Renan no encontro com empresários, mas afirmou que a solicitação para a reunião partiu de Joel Fonseca, assessor especial da presidência da República.

As empresas citadas nesta reportagem também não responderam aos questionamentos do jornal carioca.

À Veja , o empresário John Thomazini, sócio das empresas, confirmou que o encontro foi intermediado pelo filho de Bolsonaro. 

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