Decisão de ontem (8) afetou o mercado negativamente
Ricardo Stuckert/Divulgação
Decisão de ontem (8) afetou o mercado negativamente

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal , Luiz Edson Fachin, em anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava-Jato continua repercutindo negativamente no mercado financeiro. Após a atingir a marca de R$ 5,85 no pregão, o dólar estabilizou e às 15h40 apresentava alta de 0,29%, cotado a R$ 5,80.

O recuo da moeda norte-americana se deve ao anúncio de venda de Swap Câmbial, quando o Banco Central vende dólares por valores fixos para controlar a desvalorização do real e a alta nos preços.

Embora investidores ainda temem uma atitude populista na ala econômica do governo Jair Bolsonaro, a Bolsa de Valores está em alta nesta terça-feira (09). O índice Ibovespa registrava às 15h40, um saldo de 0,61%, com 111.282. 

Anulação das condenações e suspeição de Moro

O mercado financeiro está atento as movimentações políticas e judiciárias dos últimos dias. Além da votação da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (10), os analistas ainda aguardam o julgamento da suspeição do ex-juíz Sérgio Moro. Na visão dos especialistas, o resultado da ação poderá ser refletido nas ações de investidores. 

Outro fator que contribuiu para a insegurança do mercado foi a decisão do ministro do STF, Luiz Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava-Jato. Na decisão, Fachin afirmou que a Justiça Federal do Paraná não poderia julgar os casos de Lula pois há suspeitas de desvios em outros órgãos estatais e não apenas da Petrobras. 

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O petista foi condenado em três instâncias no caso do tripléx no Guarujá e em duas nas investigações sobre a compra do sítio de Atibaia. Lula ainda responde por doações e compra do imóvel onde abriga seu instituto, em São Bernardo do Campo (SP).

A medida devolve ao ex-presidente seus direitos políticos e em consequência, opetista volta a ser nome forte para as eleições de 2022, gerando entre alguns investidores temores de polarização.


Euro

A moeda europeia atingiu a marca de R$ 6,96 às 10:20 de hoje, refletindo uma alta de 2,66% (R$ 0,18) em apenas dois dias, desde que a decisão monocrática do ministro Fachin foi tomada.

Às 16h, o Euro apresentava alta de 1,06%, cotado a R$ 6,93. 

Libra

A moeda inglesa é a que mais cresce nesta terça-feira (09) no câmbio do mercado financeiro. De acordo com a B3, a libra apresenta crescimento de 1,49% e ultrapassa a marca de R$ 8,00. 

Além das decisões no Brasil, as polêmicas envolvendo a família real britânica e o silêncio da corte sobre as acusações de racismo da Duqueza de Sussex, Meghan Markle, também colaboram para a valorização da moeda. 

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