A postura progressista nas causas sociais aliada à reputação em meio ao empresariado faz com que, de tempos em tempos, o nome de Luiza Helena Trajano , empresária e dona do Magazine Luiza , seja aventado para cargos públicos, chegando inclusive a especulações sobre ela ser candidata a presidente do Brasil. Ela, como sempre, nega com veemência. "Não preciso disso. Nunca quis ser mito", garante.
Em entrevista com o jornal O GLOBO , no final de feveireiro, circulava nos jornais a notícia de que lideranças petistas cogitavam tê-la como vice de Fernando Haddad nas eleições de 2022. Luiza Trajano rejeita a possibilidade de ser candidata a qualquer cargo: "Já falei, é a última vez que eu nego esse tipo de boato. Cada dia é uma notícia diferente, um partido. É complicado", diz.
"Tenho consciência da minha força. As pessoas estão carentes de uma liderança que resolva. Minha rejeição é muito pequena e a maioria das pessoas me conhece há muitos anos, sabe que não estou aqui para fazer campanha. Não preciso disso. E tem mais: só faço o que faço porque não estou sozinha, tem o grupo Mulheres do Brasil comigo, muita gente por trás. Nunca quis ser perfeita, nunca quis ser mito", afirma a dona do Magalu .
Trajano é idealizadora do Unidos pela Vacina , movimento em que empresários unem forças com o objetivo de vacinar toda a população brasileira até setembro. Um mês depois do primeiro encontro, o projeto já contava com os aviões para o transporte das vacinas, frigoríficos para armazená-las, caminhões refrigerados e laboratórios farmacêuticos interessados em produzi-las.
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"No fim de fevereiro, uma equipe especializada em comércio internacional foi a Brasília para dar consultoria às autoridades responsáveis", diz Marcelo Silva, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo, que faz o contato com o governo federal. Além disso, o grupo está mapeando a estrutura dos 5.568 municípios brasileiros. "Cada prefeito está respondendo se tem a geladeira necessária, as seringas", conta. "Teremos o mapeamento completo."
Em 2013, ela fundou o Mulheres do Brasil , grupo para trabalhar questões sociais. Começou pelo que considera uma das maiores chagas brasileiras: a violência contra mulher, quando a gerente de uma loja de Campinas, Denise Neves dos Anjos, foi degolada pelo marido.
Para evitar novas tragédias, criou uma linha de denúncias anônimas
para que funcionárias pudessem buscar ajuda. Também lançou a campanha "Eu meto a colher sim", que destinou recursos a entidades que prestam apoio a vítimas de violência doméstica
; determinou uma cota de contratações a essas mulheres e, na pandemia, criou um botão de ajuda para vítimas de violência doméstica em seu aplicativo, acessível a qualquer usuária.
A empresária garante, contudo, que não entrará para a política, acabando com qualquer boato envolvendo seu nome e as eleições presidenciais de 2022.