PIB 2020: Veja os setores com maiores quedas e quais cresceram

PIB de 2020 registra retração de 4,1%

Foto: Getty Images/BBC
PIB per capita teve recuo recorde de 4,8%

Devido à pandemia, a  economia brasileira retraiu 4,1% no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre os setores mais afetados negativamente estão serviços e consumo , por conta das medidas de isolamento. Já o destaque positivo fica com a agricultura , graças à alta do dólar. Veja a lista detalhada:

  • Serviços: -4,5%

  • Atividades imobiliárias: +2,5%
  • Administração pública e seguridade social: -4,7%
  • Comércio: -3,1%
  • Transporte, armazenagem e correio: -9,2%
  • Atividades financeiras e de seguros: +4%
  • Outras atividades de serviços: -12,1%
  • Informação e comunicação: -0,2%
  • Agropecuária: +2%

  • Indústria: -3,5%

  • Indústria de transformação: -4,3%
  • Construção civil: -7%
  • Eletricidade, gás, água e saneamento: -0,4%
  • Extrativa: +1,3%
  • Consumo das famílias: -5,5%

  • Consumo do governo: -4,7%

  • Investimentos: -0,8%

  • Exportação de bens e serviços: -1,8%

  • Importação de bens e serviços: -10%

Após três crescimentos tímidos, o país volta a registrar queda na evolução do PIB, e tem nova "década perdida" (10 anos sem crescimento econômico relevante). 

Alta do PIB nos últimos 10 anos:

  • 2010: +7,5%
  • 2011:+4%
  • 2012:+1,9%
  • 2013:+3%
  • 2014:+0,5%
  • 2015:-3,5%
  • 2016:-3,3%
  • 2017:+1,3%
  • 2018:+1,8%
  • 2019:+1,4%
  • 2020:-4,1%

Perspectivas para 2021:

Para 2021, com o avanço da pandemia, e novas medidas restritivas sendo aplicadas por governos estaduais, a atividade econômica tende a retrair e já se fala em recessão técnica (quando o primeiro e o segundo trimestres registram prévia do PIB negativa). A retomada econômica dependerá do ritmo da vacinação, para que o desempenho da economia possa se sustentar.

Por enquanto o cenário não é dos mais animadores. Até o momento apenas 3,36% da população foi imunizada, totalizando 7,1 milhões de pessoas com ao menos uma dose da vacina. 

Além disso, a lentidão em aprovar o orçamento do ano, e em pautar as reformas administrativa e tributária segue atrasando o plano de recuperação econômica do governo federal. Enquanto isso, a dívida pública atingiu  R$ 5,06 trilhões  em janeiro. Os resultados de fevereiro ainda não foram divulgados. 

A insegurança fiscal é o fator que mais tem trazido temor ao mercado, que reage negativamente. A fuga de capitais e de investimentos externos faz o dólar bater R$ 5,74 até o momento. 

Segundo relatório Focus , produzido pelo Banco Central, a previsão de elevação do PIB para 2021 é de 3,29%. Mesmo assim, não seria suficiente para alcançar o patamar pré pandemia.