Governo prioriza PEC Emergencial mesmo sem fim de pisos para saúde e educação
Palácio do Planalto quer agilidade na aprovação da medida no Senado para liberar os novos pagamentos do Auxílio Emergencial; votação está marcada para quinta-feira (25)
O Governo Federal pressiona o Senado para agilizar a votação da PEC Emergencial , marcada para esta quinta-feira (25). No entanto, há relatos de senadores de pedidos para adiar a discussão para a próxima semana, após o atraso na entrega no relatório.
A pressa do Palácio do Planalto pela aprovação do projeto é para liberar os novos pagamentos do Auxílio Emergencial . A expectativa é de iniciar os depósitos em março, mas precisa do folego nos cofres públicos.
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro já teriam aceitado a aprovação da medida sem a retirada dos pisos para investimentos em saúde e educação. A emenda, criticada por especialistas, é uma das iniciativas para diminuir os gastos da máquina pública.
O desejo do Ministério da Economia desagradou parlamentares da oposição e governistas, que pediram mais tempo para analisar a proposta e sugerir novas emendas. Embora tenha sido aceito pelo relator da PEC, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), os congressistas querem impor condições para desafogar os cofres.
Auxílio Emergencial
Entre idas e vindas, o Governo Federal aceitou voltar com o auxílio emergencial, com valores e quantidade de beneficiários reduzidos. Nesta nova rodada, 40 milhões de pessoas devem receber as parcelas, sendo 20 milhões usuários do Bolsa Família.
O que trava as discussões entre Congresso Nacional e Ministério da Economia é o valor das parcelas. Inicialmente, o Governo pretendia depositar três parcelas de R$ 200, mas se viu pressionado a aumentar para R$ 250. Na semana passada, assessores de Paulo Guedes começaram a discutir o pagamento de uma quarta parcela em junho, somando R$ 10 bilhões em despesas com o benefício. O valor é apoiado pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
No entanto, parlamentares querem a manutenção das parcelas em R$ 300 e já há estudos na pasta econômica para viabilizar o aumento do valor dos depósitos.