Na manhã dessa sexta-feira (19) a Uber
perdeu uma batalha judicial no Reino Unido
. A Suprema Corte britânica deliberou, em decisão unânime, que os motoristas do aplicativo devem ser considerados trabalhadores
da companhia, e não contratados independentes.
O veredito se dá após cinco anos do proceso entre a Uber e um grupo de ex-motoristas que lutavam por direitos trabalhistas como salário mínimo, férias e feriados. O grupo entrou na justiça em 2016, liderados por Yaseen Aslam e James Farrar, também ex-motoristas.
A Uber insiste que seus motoristas não tem vínculo empregatício, e que o aplicativo funciona como uma " agência " que conecta motoristas e e passageiros. A companhia alega que os seus motoristas preferem trabalhar no modelo de " bico ", por ser mais flexível.
A decisão coloca em risco o futuro da empresa no Reino Unido, agora que terão de entrar na justiça do trabalho para indenizar e compensar os trabalhadores envolvidos no caso.
Entre aplicativos como Uber, Bolt (antiga Taxify), Ola e Deliveroo (app de entregas), os empregos de "bico" somam mais de 5 milhões de britânicos. Sendo assim, a decisão pode implicar negativamente a economia do país.