Entre os meses de janeiro e fevereio, dados pessoais de 223 milhões de brasileiros foram expostos. Informações que vão de CPF a fotos de rosto e número do benefício do INSS estão sendo vendidas na deep web , a zona obscura da internet, e com isso, uma onda de golpes cibernéticos pode surgir.
Uma maneira de se proteger contra possíveis crimes, é estar atento ao uso do seu nome e CPF para movimentações bancárias . Para isso, existe o sistema " Registrado ", do Branco Central , que monitora todas as transações financeiras do país, e é atualizado todos os dias.
Após o cadastro na ferramenta, ela permite saber se seu CPF está sendo utilizado para movimentações financeiras de todos os tipos, como transferências ou depósitos, pedidos de empréstimo, tentativas de acesso ao cartão de crédito e outras ações. O site atende tanto pessoas físicas, quanto empresas.
Essa é a maneira mais segura de saber se você está sendo vítima de operações fraudulentas, uma vez que outros sites já foram derrubados por alegar verificação de dados, para capturar seu CPF. Como o site "FuiVazado", que após uma ordem do STF, saiu do ar por estar envolvido com o mega vazamento.
Como se proteger?
Uma vez vazados, os dados jamais serão colocados em sigilo novamente, sendo assim, torna-se muito difícil se proteger. Ainda assim, ações como troca de senhas e logins, são interessantes para proteger e-mails e contas em sites de compras.
Outra dica é sempre confirmar os dados com a empresa. No caso do recebimento de uma ligação de serviços, o consumidor nunca deve dizer primeiro seus dados, é necessário buscar os contatos oficiais da companhia e verificar se a ligação partiu deles.
Medidas judiciais
Na justiça não há muito o que ser feito, já que não se sabe até hoje a fonte do mega vazamento. E mesmo que a origem seja descoberta, não traria alívio para o cidadão, já que seus dados ontinuariam disponíveis online.
Caso você ateste que suas informações estão sendo usadas indevidamente, a partir do momento que for identificado um culpado pelo vazamento, você poderá pedir indenização com base na Lei Geral de Proteção de Dados.