Preços do diesel, gasolina e GLP vão aumentar nas refinarias da Petrobras
Em meio a aumento, empresa nega ter mudado política de preços
Nesta segunda-feira (8) a Petrobras anunciou que o preço médio de revenda dos combustíveis irá subir para os distribuidores de gasolina, diesel e GLP. O aumento começa a vigorar a partir de terça-feira (9), segundo a estatal.
A gasolina passará a ser repassada a R$ 2,25 o litro, considerando o aumento de 0,17 real por litro. O diesel , por sua vez, será vendido a R$ 2,24 o litro, refletindo o aumento de 0,13 real por litro. Já o preço médio do GLP passará a ser R$ 2,91 real por kg, manifestando aumento de 0,14 real por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13kg).
Esse é o terceiro aumento anual nos preços da gasolina e o segundo no valor do diesel. Desde o início do ano, a estatal subiu em 22% o preço da gasolina, e 10,9% o preço do diesel. Dessa forma, a gasolina passou a custar mais caro que o diesel pela primeira vez no ano. Em dezembro o litro da gasolina custava R$ 1,84, 41 centavos a menos que o preço atual.
Política de preços
Na noite de domingo (7), a petroleira comunicou que a política comercial permanece inalterada, sendo assim, a Petrobras seguirá acompanhando a precificação dos combistíveis em linha com o mercado internacional .
A companheia detém 98% da capacidade de refino do país, porém alega enfrentar competição de importadoras, que chegam a ter 30% de parcela no mercado doméstico, dependendo do combustível .
Diante disso, e da alta volatilidade do mercado de commodities, a empresa decidiu, em junho de 2020, alterar de trimestrial para anual a aferição de conformidade com os preços internacionais. "Tal mudança não deve ser confundida, de forma alguma, com modificação de política comercial, de fixação de periodicidade para reajustes ou de metas de desempenho", disse a empresa.
A empresa alega que a mudança não trouxe prejuízos e está alinhada aos princípios de paridade com o mercado internacional e de geração de valor aos acionistas. Além disso, a estatal reiterou a fala do presidente Roberto Castello Branco, em evento na última sexta-feira (5), sobre a independência na determinação dos preços, afastando qualquer possibilidade de interferência externa.