O ministro da Controladoria-Geral da União , Wagner Rosário, defendeu o presidente Jair Bolsonaro no caso dos gastos feitos pelo Governo Federal em leite condensado. Na visão do ministro, não há irregularidades e acusou a imprensa de ser tendenciosa.
Em entrevista para à Rede TV , Rosário também minimizou as ofensas de Bolsonaro contra os veículos de comunicação. Na quarta-feira (27), o presidente afirmou que as latas de leite condensado “é para enviar no rabo da imprensa” .
"O presidente é um homem só apanhando de um milhão de pessoas. Uma hora extravasa. Tem que ser cordial das duas partes, ele não recebe essa contrapartida. É um ataque muito grande 24 horas por dia. Ninguém recebe o nível de pressão que ele recebe”, defendeu Rosário.
"Acho que a reportagem, quando você lê, e está bem claro em comentários na minha vista tendenciosos, está bastante claro. [Ela] vincula o leite condensado ao que ele comeu, e isso é muito ruim", concluiu.
Na última terça-feira (26), o Portal Metrópoles divulgou que o Governo Federal gastou R$ 15 milhões em leite condensado em 2020 . A maioria dos produtos foram destinados ao Ministério da Defesa , que justificou o uso do doce para a fabricação de ração para os militares e produção de sobremesas.
Ao contrário do que afirma Rosário, a reportagem deixou claro que os gastos foram distribuídos para “órgãos sob o comando de Bolsonaro”, ou seja, englobam ministérios, autarquias e Exército Brasileiro .
Os gastos do Governo Federal estão sendo alvos de pedidos de inquéritos no Tribunal de Contas da União e na Câmara dos Deputados . No entanto, ainda não há um prazo para a análise dos pedidos de deputados e senadores.