Bolsonaro promete estudar medidas para ajudar bares e restaurantes
O presidente voltou a criticar governos e prefeituras pelos fechamentos dos comércios
O presidente Jair Bolsonaro
disse, nesta quarta-feira (27), que irá estudar medidas para ajudar bares e restaurantes
diante dos novos fechamentos do comércio que acontecem em estados e municípios de todo o Brasil. As informações são do Metrópoles.
Nesta quarta, Bolsonaro se reuniu com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes ( Abrasel ), Paulo Solmucci, e com ministro da Economia, Paulo Guedes , para avaliar os possíveis auxílios.
O que pedem os empresários
Um dos pedidos feitos pelos proprietários de bares e restaurantes ao governo federal é a prorrogação da carência para o pagamento de empréstimos via Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ( Pronampe ). Proposto pelo Congresso Nacional, o Pronampe ajuda micro e pequenas empresas durante a pandemia de Covid-19 .
Outro pedido foi a respeito do Simples Nacional , que muitas empresas não estão conseguindo pagar. Por fim, os empresários pedem a revisão do Benefício Emergencial (BEm). Criado em abril passado, o BEm permite que as jornadas e salários dos funcionários sejam reduzidos sem suspensão de contrato - o benefício acabou no final de 2020 .
“Se nós estamos de portas fechadas, como é que nós vamos garantir empregos se não há como pagá-los?”, questionou o presidente da Abrasel.
As promessas de Bolsonaro
De acordo com Bolsonaro , os pedidos do setor serão estudados nos próximos dias. “Vamos estudar para os próximos dias o impacto fiscal, e a resposta daqui a duas semanas, no máximo. Da minha parte, tudo o que eu procuro fazer é para resposta imediata. Sim ou não, mas imediata", disse.
Apesar de prometer tentar a ajuda, o presidente voltou a criticar prefeitos e governadores por adotarem medidas de fechamento do comércio para conter a disseminação do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
“Como a decisão de fechar é do governadores… se fosse minha não fecharia nada. Veio pedir um socorro aqui junto ao ministro Paulo Guedes, pela dimensão, pelo tamanho dos associados, que merece rapidez nisso aí, porque não podemos botar na rua 6 milhões de pessoas que seriam prejudicadas pelas medidas ora adotadas pelo estado de São Paulo e pela capital de Minas Gerais”, disse Bolsonaro.
“Eu apelo a todo chefe de governo, de estado, de município que não vão para um lockdown, porque também atrapalha, e o Brasil não tem para onde correr mais. Nossa dívida interna está na casa dos R$ 5 trilhões. A nossa capacidade de endividamento tem um limite. E nós temos que colocar a economia para funcionar. E sempre disse, desde março, que saúde e economia têm que andar de mãos dadas”, continuou.