Após o pedido de demissão do presidente da Eletrobras
, motivado pela dificuldade de privatizar a estatal, o presidente Jair Bolsonaro
afirmou nesta terça-feira (26) que o seu governo pretende "acelerar" os leilões de privatizações e concessões.
Em evento direcionado a investidores, Bolsonaro também defendeu a manutenção do teto de gastos e indicou que não prorrogará o auxílio emergencial .
"Pretendemos acelerar os leilões de concessões e privatizações, em especial no âmbito do programa de parcerias de investimentos, o PPI, que tem um carteira de projetos estratégicos de longo prazo, baixo risco e com taxas de retornos atraentes e estáveis", disse o presidente.
Depois, Bolsonaro voltou a falar em privatizações e no "aperfeiçoamento do ambiente de negócios".
"Em 2021, vamos acelerar o calendário de privatizações e dar continuidade às medidas de aperfeiçoamento do ambiente de negócios. Queremos regulamentos mais simples e menos onerosos, para destravar o imenso potencial do Brasil e facilitar o trabalho da iniciativa privada".
Wilson Ferreira Junior pediu demissão da Eletrobras no domingo. Na segunda-feira, cobrou o envolvimento de Bolsonaro na privatização da estatal , cujo projeto aguarda votação no Congresso. Em seu discurso desta terça-feira, Bolsonaro não citou especificamente a Eletrobras.
No mesmo evento, o presidente afirmou que o teto de gastos é uma "âncora de sustentabilidade e de credibilidade econômica" e que "medidas temporárias" tomadas durante a pandemia não podem virar permanentes. Na segunda-feira, questionado sobre uma possível renovação do auxílio emergencial , Bolsonaro já havia dito que o programa não pode ser "vitalício" .
"No âmbito fiscal, manteremos firme o compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e de credibilidade econômica. Não vamos deixar que medidas temporárias, relacionadas com a crise, se tornem compromisso permanente de despesas".