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Governo usou o reajuste como tentativa de agradar os caminhoneiros e evitar nova greve
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Governo usou o reajuste como tentativa de agradar os caminhoneiros e evitar nova greve

A nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário foi publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União (DOU), pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Com essas alterações, será aplicado um aumento médio entre 2,34% e 2,51%, de acordo com o tipo de carga e operação. O reajuste levou em consideração o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil e também o preço do diesel.

O ex-presidente Michel Temer criou a tabela durante a greve dos caminhoneiros em 2018. De acordo com a legislação, a ANTT tem que atualizar os preços de seis em seis meses, em janeiro e julho de cada ano.

Ameaça de nova greve

O reajuste está sendo feito em meio à mobilização de um grupo de caminhoneiros pela realização de uma nova greve em fevereiro . Esse aumento é uma tentativa de agradar a categoria, buscando evitar a paralisação.

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Outra solicitação do grupo era abaixar o preço dos pneus, o segundo item mais caro na manutenção dos caminhões. Por isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que irá zerar a tarifa de importação dos pneus, antes em 16%.

Em ato aprovado em reunião do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) em dezembro do ano passado, caminhoneiros organizam uma paralisação geral para o próximo dia 1º de fevereiro. 

Em entrevista ao Metrópoles, o diretor-presidente do CNTRC , Plínio Nestor Dias, afirmou que a manifestação não tem caráter político.

Os caminhoneiros protestam contra o aumento do preço do combustível, como por exemplo o óleo diesel S10, que, em dezembro, chegou a ser vendido por, em média, R$ 3,683 no país, segundo dados da ANP , e o projeto de lei da BR do Mar.


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