Justiça determina exame psicológico em filho de fundador das Casas Bahia
Mandado acontece após pedido de interdição de um dos filhos de Saul Klein por gastos abusivos em fortuna
Por Brasil Econômico |
27/12/2020 10:51:19
A Justiça de São Paulo determinou uma perícia psicológica no empresário Saul Klein , 66 anos, filho do fundador da rede varejista Casas Bahia , Samuel Klein, morto em 2014.
O pedido foi acatado após o filho do herdeiro, Phillip Klein, entrar com um pedido de interdição contra o pai alegando gastos "inconsequentes" da fortuna da família. Segundo a Justiça, o proprietário da rede varejista teria R$ 1,5 bilhão em patrimônios, entretanto, declarou apenas R$ 61 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral, quando se candidatou à vice-prefeito de São Caetano do Sul (SP). Segundo Phillip, isso poderá representar a “ruina da família”.
Ainda de acordo com o filho de Saul Klein, o pai investiu boa parte do patrimônio no São Caetano , time de futebol do ABC paulista, que, para a família, foi “dinheiro jogado fora”. Desde 2019, Klein reverteu os investimentos para a Ferroviária , clube sediado em Araraquara (SP), onde também é gestor.
O pedido de interdição foi registrado no dia 28 de outubro, quase dois meses antes de a Justiça retirar o passaporte do herdeiro do fundador das Casas Bahia por suspeita de estupro e aliciamento de 14 mulheres . A defesa do empresário alega que as supostas vítimas estão tentando “enriquecer à custa de Klein” e que ele era “sugar daddy”, quando há um relacionamento em troca de dinheiro.
Desde o início das polêmicas, Klein está afastado dos negócios da família e deixou, temporariamente, a comitê gestor da Ferroviária.
A Justiça determinou que o exame seja feito em até 30 dias e o oficial de justiça responsável por intimar o acusado terá que descrever as condições e o estado de saúde de Saul .
" A VIA VAREJO S.A. (“Companhia”), pelo presente Comunicado ao Mercado e em vista da notícia “Herdeiro do fundador das Casas Bahia é acusado de estupro e aliciamento por 14 mulheres”, divulgada na coluna da Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo” na noite do dia 22 de dezembro de 2020, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral
que o Sr. Saul Klein (referenciado na notícia) nunca possuiu qualquer vínculo ou relacionamento com a Companhia.
Adicionalmente, ressalta-se que a Companhia é uma corporação sem acionista controlador ou bloco de controle definido ", diz a Via Varejo em comunicado.