Brasil Econômico

Saul Klein
Divulgação/Prefeitura de Araraquara
Processo de interdição está na Justiça desde outubro, dois meses antes das acusações de estupro contra o empresário

A Justiça de São Paulo determinou uma perícia psicológica no empresário Saul Klein , 66 anos, filho do fundador da rede varejista Casas Bahia , Samuel Klein, morto em 2014.

O pedido foi acatado após o filho do herdeiro, Phillip Klein, entrar com um pedido de interdição contra o pai alegando gastos "inconsequentes" da fortuna da família. Segundo a Justiça, o proprietário da rede varejista teria R$ 1,5 bilhão em patrimônios, entretanto, declarou apenas R$ 61 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral, quando se candidatou à vice-prefeito de São Caetano do Sul (SP). Segundo Phillip, isso poderá representar a “ruina da família”.

Ainda de acordo com o filho de Saul Klein, o pai investiu boa parte do patrimônio no São Caetano , time de futebol do ABC paulista, que, para a família, foi “dinheiro jogado fora”. Desde 2019, Klein reverteu os investimentos para a Ferroviária , clube sediado em Araraquara (SP), onde também é gestor.

O pedido de interdição foi registrado no dia 28 de outubro, quase dois meses antes de a Justiça retirar o passaporte do herdeiro do fundador das Casas Bahia por suspeita de estupro e aliciamento de 14 mulheres . A defesa do empresário alega que as supostas vítimas estão tentando “enriquecer à custa de Klein” e que ele era “sugar daddy”, quando há um relacionamento em troca de dinheiro.

Desde o início das polêmicas, Klein está afastado dos negócios da família e deixou, temporariamente, a comitê gestor da Ferroviária.

A Justiça determinou que o exame seja feito em até 30 dias e o oficial de justiça responsável por intimar o acusado terá que descrever as condições e o estado de saúde de Saul

" A VIA VAREJO S.A. (“Companhia”), pelo presente Comunicado ao Mercado e em vista da notícia “Herdeiro do fundador das Casas Bahia é acusado de estupro e aliciamento por 14 mulheres”, divulgada na coluna da Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo” na noite do dia 22 de dezembro de 2020, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral
que o Sr. Saul Klein (referenciado na notícia) nunca possuiu qualquer vínculo ou relacionamento com a Companhia.

Adicionalmente, ressalta-se que a Companhia é uma corporação sem acionista controlador ou bloco de controle definido ", diz a Via Varejo em comunicado.

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