Brasil Econômico

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Ingrid Bullara
Unidade do Carrefour em São Paulo amanheceu fechada nesta quinta-feira (26) e com comunicado da empresa

Uma semana após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado até a morte por seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre , as lojas da rede de supermercados de todo o Brasil amanheceram fechadas nesta quinta-feira (26), e assim permanecerão até as 14h, de acordo com comunicado da empresa.

"Em respeito ao luto da família de João Alberto Silveira Freitas e à sociedade brasileira, todas as nossas lojas no Brasil estão fechadas nesta quinta-feira até às 14h", diz comunicado colocado em frente à loja do Carrefour na região da Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo a rede de supermercados, as lojas só irão reabrir as portas às 14h nesta quinta, e a primeira atividade programada é um minuto de silêncio em homenagem à vítima. A unidade onde o assassinato aconteceu, no bairro Passo D’Areia, na Zona Norte de Porto Alegre, é exceção e só voltará a funcionar na sexta-feira (27).

O Carrefour reitera, por meio de nota, que "esse compromisso não traz de volta a vida de João Alberto". A empresa diz, porém, que "espera que esta medida seja um importante passo de um longo caminho no combate ao racismo". O Carrefour se comprometeu também a divulgar, dentro de 15 dias, um plano de orientação e embasamento das ações contra o racismo .

Após o assassinato de João Alberto , o Carrefour anunciou a doação de R$ 25 milhões para entidades que combatem a discriminação racial e disse que irá abrir mão do dinheiro das vendas dos próximos dois dias, bem como já ocorreu com o lucro obtido durante o Dia da Consciência Negra, na última sexta-feira (20). Os recursos serão repassados a ações a serem escolhidas pelo comitê.

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