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Rudja Santos/Amazônia Real
Apagão no Amapá e seca em hidrelétricas devem aumentar conta de luz no Brasil em breve

As tarifas da conta de luz voltam a ser pressionadas no Brasil, menos de quatro meses após empréstimo para reduzir os aumentos, por conta do apagão no Amapá e a seca. Sem luz e água, o governo se viu pressionado a contratar térmicas, de modo a garantir o abastecimento aos habitantes locais e também poupar água nos reservatórios das hidrelétricas.

Nesta segunda-feira (16), o Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu em reunião extraordinária manter a operação das térmicas a gás natural e ampliar a autorização para a Eletronorte contratar usinas emergenciais a óleo para o Amapá .

A expectativa é que esses custos sejam repassados a todos os brasileiros nos próximos meses por meio das bandeiras tarifárias cobradas nas contas de luz . Pode haver também encargos maiores por conta dos custos com o apagão no Amapá.

O tamanho do aumento das contas vai depender de quanto tempo essas medidas emergenciais serão necessárias, elevando os custos. De acordo com comunicado do Ministério de Minas e Energia, o volume verificado nas principais bacias se mantém abaixo dos patamares históricos, apesar da alta de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Tradicionalmente, as contas de luz costumam ficar mais caras nos meses finais do ano, já que as hidrelétricas estão com níveis mais baixos de água após o inverno, obrigando o uso das térmicas mais caras e mudando as bandeiras tarifárias. Neste ano, esse movimento pode ser ainda mais intenso em função do apagão no Amapá.

Em junho, em um momento de redução do consumo provocado pela pandemia e o isolamento social, com as empresas fechadas, a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) decidiu manter até dezembro a bandeira verde, quando a conta de luz fica mais baixa. O custo desse período mais tranquilo, no entanto, deve chegar no ano que vem.

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