Conta de luz alta? Trocar de eletrodomésticos pode economizar 77%

Com o verão e com as famílias passando mais tempo em casa por causa da pandemia, tudo indica que os gastos com a conta de luz vão subir

Com o verão e com as famílias passando mais tempo em casa por causa da pandemia, tudo indica que os gastos com a conta de luz vão subir
Foto: iStock
Com o verão e com as famílias passando mais tempo em casa por causa da pandemia, tudo indica que os gastos com a conta de luz vão subir

O verão está chegando, e com as famílias passando mais tempo em casa por causa da pandemia, tudo indica que os gastos com a  conta de luz vão pesar ainda mais no orçamento nos próximos meses. Para minimizar esse problema, a solução pode ser investir em eletrodomésticos mais eficientes, que, de acordo com os fabricantes, podem gerar uma  economia de até 77% na fatura de energia elétrica.


Nos últimos três meses do ano passado, quando as temperaturas ficaram elevadas, a distribuidora Enel registrou um aumento de 8,6% no consumo residencial no Rio, em comparação com o trimestre anterior.

— Os aparelhos de  ar-condicionado, em muitos casos, são os vilões, pois, normalmente, ficam ligados por muitas horas. A queda no consumo chega a 20% quando comparamos modelos com selo do Procel A e aparelhos antigos — aponta Luis Felipe Diniz, responsável por Faturamento da Enel Distribuição Rio.

Já a pesquisa Resultados Procel 2020 apontou, com base em informações dos fabricantes, que aparelhos com a tecnologia inverter podem economizar de 40% a 70% de energia em relação aos modelos tradicionais.

Os dados do levantamento foram obtidos em 2019, mas, neste ano, já houve lançamentos no mercado com uma eficiência ainda maior, como as linhas de ar-condicionado WindFree, da Samsung, que prometem economizar 77% no consumo de energia.

— Qualquer economia vale a pena — afirma Vivian Marcelle, integrante do time de "caçadores de ofertas" do "Qual oferta", plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

A consumidora conta que opta sempre pelos eletrodomésticos com nota A no Selo Procel, que indica maior eficiência energética. E, segundo ela, nem sempre os preços são mais altos por causa disso:

Você viu?

— Eu comprei uma máquina de lavar recentemente e dei uma olhada na internet sobre a economia de energia. O selo já olho logo. Só compro se for A. E o preço estava na média. Também costumo pesquisar resenhas de outros consumidores sobre o produto, porque as pessoas compartilham as experiências.

Nas lojas online, os aparelhos de ar-condicionado com a tecnologia inverter custam, em média, entre R$ 1.700 e R$ 3.600. Um modelo de janela, menos econômico, pode ser encontrado a partir de R$ 1 mil.

Para Luis Felipe Diniz, da Enel, o investimento é compensado pela economia na conta de luz, principalmente nos meses mais quentes.

— Atualmente já contamos com tecnologias muito avançadas com menor consumo de energia. Por isso, vale a pena investir. Para quem usa o ar-condicionado por muitas horas no dia, por exemplo, o retorno do investimento é rápido. Já para aqueles que usam por alguns dias apenas nos meses mais quentes, o retorno pode ser mais demorado, ainda que válido.

Na ponta do lápis

Geladeira
As geladeiras com compressor Linear Inverter da LG prometem uma economia de 32% na conta de luz. Em média, o uso ininterrupto de uma geladeira consome 117,00 kWh por mês, com um gasto de R$ 79,99, segundo o simulador de conta de luz da Enel. Com a substituição do aparelho, a despesa passaria a ser de R$ 54,40.

Ar-condicionado
A economia de energia estimada com o aparelho Novo WindFree da Samsung é de 77%. O uso de seis horas diárias de ar-condicionado de 9.000 BTUs consome em média 119,70 kWh, a um custo de R$ 81,84 por mês. Com a troca do aparelho, esse gasto passaria a ser de R$ 18,84.

Microondas
Os modelos inverter da Panasonic prometem uma economia de energia de 19% durante o funcionamento e 50% em modo de standby. Com uma hora de uso por dia de um aparelho convencional, o consumo de energia é de 30 kWh, cerca de R$ 20. Com a substituição pelo microondas mais eficiente, o gasto seria de R$ 10 em modo standby.