Imposto sobre transação segue firme nos planos, diz funcionário da Economia

Interlocutor de Paulo Guedes disse ao Globo que ministro foi "encurralado por esse imposto"

Interlocutor de Paulo Guedes disse ao Globo que ministro foi 'encurralado por esse imposto', visto como uma nova CPMF
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Interlocutor de Paulo Guedes disse ao Globo que ministro foi 'encurralado por esse imposto', visto como uma nova CPMF

Um imposto sobre transações, que pegaria até igrejas e políticos corruptos, segue vivo na equipe econômica do governo, assim como a adoção da tributação sobre a distribuição de lucros e dividendos. Um interlocutor do ministro da Economia,  Paulo Guedes, refuta as avaliações de que o ministro tem verdadeira obsessão por um imposto nos moldes da antiga CPMF. 

"A obsessão do ministro é combater o desemprego em massa. Liberais não gostam de impostos, mas esse novo imposto é menos cruel que tributar o emprego" — explicou esse interlocutor, acrescentando que o ministro foi "encurralado por esse imposto ".

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A ideia do ministro, segundo esse interlocutor, foi e continua sendo substituir impostos e a saída para desonerar a folha de pagamentos é mudar a base. Um dos projetos de reforma em estudo deixa claro que não haveria transações juridicamente válidas sem o recolhimento do imposto sobre transações.

A equipe econômica também nega que um imposto de transações seja mais cumulativo, ou seja, gera mais custos em cadeias de produção mais longa. Estudos internos mostram redução de até 30% na cumulatividade em cadeias produtivas com 15 etapas.

Também segue nos planos reduzir o imposto de renda das empresas e passar a tributar a distribuição de lucros e dividendos. A ideia é melhorar o ambiente de negócios para as empresas e tirar uma vantagem tributária de donos de empresas e acionistas, que tem alíquota efetiva de imposto muito baixa ou mesmo zero.