Afropresença acontece de 30 de setembro a 2 de outubro, promovendo debates sobre carreira
Divulgação Afropresença
Afropresença acontece de 30 de setembro a 2 de outubro, promovendo debates sobre carreira

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização das Nações Unidas (ONU) promovem o evento online  Afropresença, entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro. O objetivo é discutir o mercado de trabalho brasileiro com estudantes universitários  negros.

Afropresença será gratuito. No encontro virtual de três dias, haverá falas de grandes empresas, universidades, movimentos sociais e especialistas para debater assuntos como empregabilidade, diversidade, inclusão e carreira. Para estimular a inserção do público universitário negro no mercado formal de trabalho haverá oficinas, painéis e palestras.

É possível se inscrever no Afropresença pelo  site do oficial evento . Lá, também existe um espaço com  vagas de emprego  e de compartilhamento de currículos.

As empresas apoiadoras do  Afropresença são Itaú, Bradesco, Ambev, JP Morgan, Anima, YDUQS, Belgo, Santander, Febraban, Bayer, John Deere, Uber, Totvs, EF, Natura, Unilever, White Martins, Vivo e TIM.

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Nas falas, presidentes e executivos das companhias vão dividir espaço com especialistas, e o evento tem a preocupação de equilibrar o gênero e raça dos palestrantes.

O Afropresença será dividio em três partes: sociedade, mercado e carreira. As palestras ocorrem em salas virtuais diferentes, porém o evento de abertura e encerramento de cada dia são unificados.

Desigualdade racial no mercado de trabalho

O Afropresença, promovido pelo Ministério Público do Trabalho, surgiu de uma inquietação sobre a desigualdade social baseada em raça  no Brasil.

Valdirene Assis, procuradora do MPT, atuou na criação do evento por perceber que a entrada de pretos e pardos em cursos de ensino superior crescia, mas, ao mesmo tempo, não havia mais contratações ou ascensão dos formados nas empresas.

Mais da metade da população brasileira é negra,  55,9%. Uma pesquisa do Instituto Ethos divulgada em 2016 apontou que só 4,7% dos cargos executivos das 500 maiores empresas brasileiras são ocupados por negros, sendo que mulheres negras estão em apenas 0,4% desses cargos.

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