Na mesma semana em que Magazine Luíza e Bayer ficaram na mira de discussões a respeito de racismo reverso, ao oferecer vagas exclusivas para pessoas negras, nos EUA, Anheuser-Busch InBev, fabricante da Budweiser, anunciou estar tomando uma série de medidas para diversificar a indústria cervejeira, incluindo uma bolsa de estudos que visa aumentar o número de trabalhadores negros em suas equipes.
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Em parceria com o United Negro College Fund, a Anheuser-Busch, subsidiária norte-americana da AB InBev, concederá 25 bolsas anuais durante cinco anos para cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, disse a empresa em comunicado. A bolsa UNCF Budweiser Natalie Johnson recebeu o nome da primeira cervejeira negra da unidade da empresa em St. Louis.
As empresas estão intensificando seus esforços para lidar com injustiças raciais e econômicas após protestos por mortes recentes de negros americanos como George Floyd e Breonna Taylor.
Nos Estados Unidos, a indústria cervejeira permanece esmagadoramente dominada por trabalhadores brancos, especialmente no segmento de cerveja artesanal que está impulsionando o crescimento.
Nove em cada dez cervejeiros nas mais de 8.000 cervejarias independentes do país são brancos , de acordo com pesquisa concluída no ano passado pela Associação de Cervejarias.
As bolsas da AB InBev são avaliadas em US$ 4.000 cada. Cinco bolsistas em estágio remunerado na divisão de cerveja e suprimentos da empresa nos Estados Unidos, a unidade em que Johnson trabalha, também receberão uma bolsa de US$ 6.000 para o último ano de sua graduação.