Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro ter anulado o Renda Brasil do ministro Paulo Guedes na terça-feira (15), o presidente não desistiu da ideia de criar um novo programa social. Isso porque o goveno Bolsonaro acredita que o Bolsa Família seja muito atrelado à esquerda. A informação foi obtida pelo portal G1, publicada pela coluna da jornalista Andréia Sadi.
O projeto é pensado também para favorecer Bolsonaro
nas eleições de 2022.
Segundo fontes ouvidas pela jornalista, o governo conversa com senadores aliados para pensar no novo programa social para substituir o Bolsa Família.
Assessores do presidente afirmaram que está sendo estudada a maneira de bancar os custos
do programa e que o senador Marcio Bittar (MDB-AC) atua nessa articulação. Bittar se reuniu nesta tarde com o presidente Bolsonaro.
"Eu fui solicitar ao presidente se ele me autorizava a colocar dentro do Orçamento a criação de um programa social que possa atender milhões de brasileiros que foram identificados ao longo da pandemia e que estavam fora de qualquer programa social. O presidente me autorizou. Não adianta agora a gente especular de onde vai tirar (o dinheiro), de onde que vai cortar. Mas eu estou autorizado pelo presidente, ele me deu sinal verde
", disse o senador ao GloboNews.
Bittar também demonstrou que há uma certa pressa em encaminhar essa proposta. "A partir de agora, vou conversar com os líderes do governo no Senado e na Câmara, e com a equipe econômica. Mas a ideia é semana que vem apresentar um relatório e as PECs de criação desse programa", afirmou.
O governo Bolsonaro tem dado mais atenção à pauta das políticas sociais depois de ver sua popularidade crescer com a distribuição do auxílio emergencial de R$ 600 à população durante a pandemia. Nesse cenário, criar um novo Bolsa Família é importante ao presidente.