PF faz buscas na Petrobras em ação da Lava Jato que mira fraudes de banco

Contrato firmado entre o Banco Paulista e a Petrobras e pode ter causado prejuízo de 18 milhões de dólares

Sede da Petrobras foi alvo de buscas da PF em ação da Lava Jato que mira fraudes em operações de câmbio com o Banco Paulista
Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo
Sede da Petrobras foi alvo de buscas da PF em ação da Lava Jato que mira fraudes em operações de câmbio com o Banco Paulista

A Operação Lava Jato do Paraná deflagrou na manhã desta quinta-feira (10) uma operação para investigar possíveis fraudes em operações de câmbio comercial entre 2008 e 2011. Um banco em São Paulo, o Banco Paulista, teria sido contratado pela Petrobras para realizar essas operações. O prejuízo, segundo a operação, pode ter sido de US$ 18 milhões.

Não há mandados de prisão sendo cumpridos, apenas de busca e apreensão. A sede da Petrobras é um dos alvos da operação. O esquema, segundo a Polícia Federal, consistiria em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado no contrato com a estatal para inflar o lucro do banco. Isso poderia ser ter sido realizado por meio de pagamento de propina para funcionários da Petrobras.

"As investigações visam ainda a comprovar a prática de lavagem de dinheiro porventura praticadas pelos investigados, seja através de movimentação de valores no Brasil e no exterior, mediante o uso de off shores, subfaturamento na aquisição de imóveis e negócios, interposição de pessoas em movimentações de capitais, utilização de contratos fictícios de prestação de serviços firmados entre o banco e empresas dos colaboradores envolvidos, assim como o grau do vínculo associativo mantido por todos", afirmou a Polícia Federal .

O juiz Luiz Antonio Bonat determinou ainda o bloqueio de ativos dos investigados no Brasil e no exterior, com limite de R$ 97 milhões.

A operação foi batizada de Sovraprezzo. O nome da operação faz referência a palavra sobrepreço em língua italiana. As penas relativas aos crimes investigados podem chegar a soma total de 33 a 38 anos de reclusão.

Banco Paulista  não retornou até a publicação desta reportagem.