A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (8) cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva contra um grupo suspeito de realizar fraudes no saque do auxílio emergencial . De acordo com a corporação, a quadrilha teria se apropriado de pelo menos 45 auxílios emergenciais.
Segundo a Polícia Federal , o esquema funcionava com a participação de funcionários públicos com acesso ao Cadastro Único, sistema de dados com informações dos beneficiários do programa. O grupo alterava os dados de pessoas de baixa renda no sistema, principalmente os nomes das mães e os endereços.
De posse dessas informações, os suspeitos ligavam para o canal de atendimento da Caixa e solicitavam o encaminhamento dos cartões para os endereços fictícios e em comum cadastrados pelos agentes públicos cooptados.
Na posse dos cartões desviados, os membros da associação telefonavam para a URA da Caixa Econômica Federal e realizavam o pré-cadastramento de suas senhas.
"Posteriormente, os membros dessa associação se dirigiam a uma lotérica situada na Zona Sul e efetivavam a confirmação daquelas senhas, com o auxílio de uma funcionária do estabelecimento, que recebia cerca de R$ 30,00 por senha confirmada", afirmou a Polícia Federal.
O grupo executava os saques em diversas agências bancárias no exato dia e na primeira hora em que eram liberados. Segundo a PF, o grupo também atuava em fraudes em diversos programas sociais há cerca de quatro anos. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo/SP.
Os investigados irão responder por furto qualificado e associação criminosa, podendo pegar até 11 anos de prisão, de acordo com a Polícia Federal. A operação foi denominada Parasitas.