Setor de serviços é o mais afetado pela pandemia
Denny Cesare/Código 19/Agência O Globo
Setor de serviços é o mais afetado pela pandemia

A flexibilização do distanciamento social em diversas cidades brasileiras ainda não devolveu o mesmo dinamismo da economia antes da pandemia. Quatro em cada dez empresas ainda percebiam efeitos negativos da crise gerada pela Covid-19 em seus negócios no começo de julho. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa, divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, as pequenas empresas foram as mais afetadas. De 2,7 milhões de empresas nessa faixa, 44,9% sofreram impacto negativo. Entre médias empresas (de 50 a 499 funcionários) e as de maior porte (a partir de 500 funcionários), o impacto foi menor: 39,1% e 39,2%, respectivamente.

Entre os setores, os efeitos são mais sentidos no setor de serviços . 47% das 1,2 milhão de empresas do segmento ainda sentem impactos negativos, com destaque para serviços prestados às famílias e os serviços profissionais, administrativos e complementares. Economistas afirmam que o grupo será o último a se recuperar da crise.

Os números indicam que as vendas abaixo do normal são sentidas de modo majoritário pelas empresas. Na primeira quinzena de julho, mais de 46% das empresas em funcionamento ainda sentia um impacto negativo na comercialização de produtos. No comércio varejista, no entanto, isso era sentido por mais da metade dos empresários.

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A despeito dos dados ainda abaixo do período pré-pandemia, a pesquisa mostra uma pequena melhora na saúde das empresas.

"Ainda há uma grande incidência de impacto negativo, mas já começamos a perceber uma melhora, visto que, na quinzena anterior, o impacto negativo atingiu 62,4% das empresas", ressalta Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE.

No início de junho, a pesquisa mostrou que durante a pandemia, o país perdeu 716 mil empresas.

Segundo o levantamento, os efeitos da pandemia atingiram todos os setores da economia, mas foram mais intensos nos principais segmentos geradores de emprego no país: serviços e pequenas empresas. Entre as firmas que não voltarão a abrir as portas, 99,8% eram de pequeno porte.

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