O ministro da Economia, Paulo Guedes , deve optar por soluções internas para substituir os secretários que deixaram o governo na última terça-feira (12), na “debandada” da equipe econômica.
Servidora de carreira e especialista em políticas públicas, Martha foi presidente da Infraero antes de assumir o PPI . A avaliação interna é que o PPI, responsável pela estruturação das concessões e privatizações de todo o governo, ainda não se integrou bem ao ministério. Por isso, a nomeação de Martha pode ajudar nesse processo.
O PPI foi para a Economia depois que o ex-secretário-executivo da Casa Civil, Vincente Santini , ser retirado do cargo por decisão do presidente Jair Bolsonaro. O presidente não gostou de ele ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Índia.
Na secretaria de Desburocratização, deixada por Paulo Uebel, um nome cotado é o de Gleisson Rubin , atual secretário especial adjunto do órgão.
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Rubin é servidor, especialista em políticas públicas e gestão governamental e foi secretário-executivo do extinto Ministério do Planejamento . No governo Michel Temer , foi um dos responsáveis pela formulação da proposta de reforma administrativa e, por isso, foi mantido no governo Jair Bolsonaro . Foi o atraso na reforma administrativa que levou à saída de Uebel .
A escolha desse nomes seria forma de assegurar a continuidade dos trabalhos de privatização e a reforma administrativa, disse um interlocutor do ministro Guedes.
A decisão sobre o futuro das secretarias ainda está em aberto e segue em discussão por Guedes . Se confirmada, a solução seria parecida com a promoção de Bruno Bianco para secretário especial de Previdência e Trabalho, cargo que assumiu após Rogério Marinho ir para o Ministério do Desenvolvimento Regional. Bianco era adjunto de Marinho na Economia.
Guedes fica
As baixas mais recentes na equipe econômica abalaram Paulo Guedes , mas não a ponto de fazer com que ele deixe o governo, segundo fontes próximas ao ministro. Ciente do peso da política no comando da agenda, agora o foco de Guedes é avançar na reforma tributária e segurar as pressões por flexibilizações no teto de gastos.
O próprio ministro definiu as demissões de Salim Mattar e Paulo Uebel como uma “debandada” e admitiu que ambos estavam insatisfeitos com o andamento de suas áreas. Eles cuidavam das privatizações e da reforma administrativa, respectivamente.
Guedes tem buscado aliados para barrar esse movimento, sendo o principal deles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem passou semanas brigado por conta do plano de socorro a estados.