Antes e depois do porto de Beirute, no Líbano, grande ponto de exportação do Brasil
Maxar e Rabz the Copter / Montagem do Juxtapose
Antes e depois do porto de Beirute, no Líbano, grande ponto de exportação do Brasil

O porto de Beirute, capital do Líbano, que ficou conhecido mundialmente nesta terça-feira (4) após a  grande explosão que matou ao menos 100 pessoas e deixou mais de 4 mil feridas , era o principal ponto de exportações brasileiras no Líbano, segundo informações do Broadcast Agro, do Estado de S.Paulo , obtidas a partir de entrevista com Rada Saleh, sócio da Ramax Trading. Os itens brasileiros mais comuns no porto de Beirute eram carnes e animais vivos.

A Ramax é justamente uma trading que atua no Oriente Médio vendendo carnes brasileiras, sobretudo a bovina e de frango halal. "O porto de Beirute está totalmente destruído. Vai ser difícil ancorar navios lá tão cedo, seja para exportar, seja para importar", disse Saleh ao Broadcast Agro. Ele, que vive a 30 minutos de Beirute, disse ainda que o porto de Beirute "era o principal terminal de desembarque de carne bovina e outras cargas do Brasil".

Segundo o empresário, clientes de sua empresa faleceram devido à explosão, apesar de ele relatar não ter perdido cargas enviadas ao terminal portuário do Líbano . Por mês, a Ramax exporta cerca de 3 mil toneladas de carne bovina e de aves para o Oriente Médio, inclusive atendendo o porto afetado pela explosão.

Saleh disse que as exportações brasileiras devem ser afetadas pela explosão e que será preciso se adaptar por um período, já que a construção do porto de Beirute não deve ser feita no curto prazo. Segundo ele, a Ramax, empresa da qual é sócio, deve focar em itens que não dependam de refrigeração e que vão para outros portos menores no Líbano que estejam aptos a receber carnes brasileiras . Como exemplo, ele cita os portos de Trípoli e Byblos, que podem vir a ser alternativas.

"Com certeza teremos de focar nos (produtos) que não dependam da cadeia de frio. Por exemplo, carnes processadas (enlatadas), que não precisam de refrigeração e têm validade média de três anos", disse ao Broadcast o sócio da Ramax.

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