O distanciamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) deixou 7,1 milhões de trabalhadores sem remuneração em junho de 2020. Os dados são da Pnad Covid, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número é menor que o registrado em maio, quando 9,7 milhões estavam sem nenhuma renda , mas ainda corresponde a quase metade do total de pessoas que estão afastadas do trabalho no País.
Além disso, a maior flexibilização das medidas de distanciamento social e aumento das demissões fez com que a taxa de desocupação subisse em um mês, passando de 10,7% para 12,4%. São 11,8 milhões de pessoas desempregadas - mais de 1,7 milhão do que o registrado em maio.
Segundo Cimar Azeredo, diretor do IBGE, esse aumento na desocupação tem relação direta com a flexibilização do distanciamento social.
"Isso implicou no aumento da população na força de trabalho, já que o número de pessoas que não buscavam trabalho por causa da pandemia reduziu frente a maio. Elas voltaram a pressionar o mercado", afirmou.
Com o aumento das demissões, a população ocupada caiu para 83,4 milhões de trabalhadores.