Dólar cai e fecha em R$ 5,32; Bolsa também caiu nesta quinta (16)

Mercado foi influenciado pela lentidão na recuperação econômica; nos EUA, o número de pedidos de seguro-desemprego foi 1,3 milhão na semana

Dólar e Bolsa caíram; entenda o dia
Foto: MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL
Dólar e Bolsa caíram; entenda o dia

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (16) vendido a R$ 5,328, com recuo de R$ 0,056 (-1,04%). A moeda começou o dia com leve alta, mas firmou a tendência de baixa ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 15h30, chegou a ser vendida a R$ 5,31. Em 2020, a divisa acumula alta de 32,77%.

Em um dia marcado por dados contraditórios sobre a recuperação econômica de vários países, o dólar e a bolsa de valores caíram. Depois de encostar em R$ 5,40 nos últimos dois dias, a moeda norte-americana voltou a rondar o nível de R$ 5,30. A bolsa de valores reverteu parte dos ganhos dos últimos dias, mas manteve-se acima dos 100 mil pontos.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela realização de lucros, quando os investidores vendem papéis para embolsarem ganhos recentes. O Ibovespa, principal índice da B3 (a Bolsa de valores brasileira), fechou esta quinta-feira aos 100.553 pontos, com recuo de 1,22%. O indicador seguiu a bolsa norte-americana. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, caiu 0,5%.

O mercado financeiro global foi influenciado por dados que sugerem lentidão na recuperação econômica. Nos  Estados Unidos, o número de pedidos de seguro-desemprego totalizou 1,3 milhão na semana passada, contra expectativa de 1,25 milhão. Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,2% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas as vendas no varejo em junho recuaram 1,8% em relação ao mesmo mês de 2019, indicando inconsistência na retomada da demanda.

Há vários meses, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Nas últimas semanas, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença.