Caixa manda WhatsApp, e-mail? Saiba o que é golpe e o que é verdade no auxílio
A Caixa já confirmou que se comunica por beneficiários do auxílio por WhatsApp, mas nunca pede dados pessoais dos beneficiários; confira
Por Letícia Sé |
O auxílio emergencial de R$ 600 está entrando em seu quarto mês, distribuído pela Caixa Econômica Federal e criado pelo governo durante a crise de Covid-19. Com isso, golpes têm surgido por criminosos que querem roubar os dados e o valor das contas dos beneficiários.
Mas o que é verdade e o que é golpe, quando a operação do auxílio emergencial é, em grande parte, feita por via digital? A Caixa já confirmou que se comunica por beneficiários do auxílio por WhatsApp, mas é preciso ficar atento ao comportamento nas redes.
O que é verdade: a Caixa usa o WhatsApp para falar com beneficiários do auxílio
Segundo a Caixa, o acesso ao app Caixa Tem tem etapas de identificação e validação de dados e, em alguns casos, o beneficiário é redirecionado a um atendimento via WhatsApp pelo qual a Caixa realiza procedimentos de validação.
O número oficial da Caixa também pode ser também adicionado à sua lista de contatos do WhatsApp: 0800 726 0104. O atendimento pode ser automático ou com funcionários, de acordo com a necessidade e dependendo do nível de complexidade de cada caso.
Além do atendimento sobre auxílio emergencial, a Caixa pode responder clientes pelo WhatsApp sobre os assuntos de negociação de dívidas, renovação de penhor, pausa no financiamento habitacional e pausa em empréstimo comercial. O WhatsApp e serve também para falar com o gerente da sua conta corrente ou poupança.
O que é golpe no auxílio: a Caixa não pede senhas, dados, nem informações pessoais
O banco alertou que não pede senhas, dados, nem informações pessoais dos beneficiários do auxílio de R$ 600. "A Caixa também não envia links nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp", disse o comunicado da Caixa.
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A Caixa ressalta que os códigos SMS enviados para validação devem ser preenchidos exclusivamente nos aplicativos e sites oficiais, não devendo ser fornecidos para terceiros nem enviados por SMS ou WhatsApp.
A orientação da Caixa para quem já caiu em alguma fraude do auxílio emergencial é procurar algum dos canais oficiais: o site auxilio.caixa.gov.br, o telefone 111, o aplicativo Caixa Auxílio Emergencial – ou, até mesmo, buscar o atendimento presencial em uma agência da Caixa.
No mês junho, foi identificado pelo governo um esquema criminoso que disparava e-mails falsos com a informação de que a Caixa estaria mudando o aplicativo de pagamento do auxílio emergencial – o que é mentira.
O golpe imitava elementos visuais de mensagens da Caixa para solicitar o recadastramento de usuários em uma plataforma falsa, simulando a do auxílio emergencial. Os e-mails davam a sensação de urgência, com ameaças de que, se o procedimento não fosse realizado, o internet banking e o aplicativo do usuário seriam bloqueados – o que também não é verdadeiro.
Uma das principais recomendações para evitar esses tipos de golpes é se atentar a detalhes do endereço web das páginas. Os links de instituições governamentais, como a Caixa, têm a terminação .gov.br .
Não clique em links suspeitos enviados por e-mail. No Gmail, por exemplo, para conferir a URL de um link integrado no texto de mensagens, basta posicionar o comando do mouse em cima do hiperlink. Um quadro com o URL destino aparece no campo inferior esquerdo da tela. No canto inferior, confira qual link aparece. Se for diferente do escrito no e-mail, não clique.
Suspeite sempre de mensagens que tentam despertar sensação de urgência ou que solicitam informações pessoais. A Caixa não pede dados aos beneficiários. Converse com o banco pelos canais oficiais.