Bolsonaro diz que não dá para manter auxílio por muito tempo e cobra reabertura

Diagnosticado com Covid-19, presidente defende que só idosos e doentes crônicos devem se proteger e volta a cutucar governadores

Jair Bolsonaro disse em live que auxílio emergencial custa caro e não pode ser ampliado por muito tempo
Foto: Reprodução/Facebook
Jair Bolsonaro disse em live que auxílio emergencial custa caro e não pode ser ampliado por muito tempo

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (9) que o governo federal não tem condições financeiras de prorrogar por muito tempo o  auxílio emergencial para pessoas afetadas financeiramente pela pandemia.

Bolsonaro ainda conclamou governadores e prefeitos a reabrirem o comércio “o mais rápido possível”, para evitar o agravamento da economia do país. As declarações foram dadas na live transmitida semanalmente pelo presidente em seu Facebook.

"O vírus, quem tem que se proteger é o idoso, meu caso, tenho 65 anos, e pessoas com comorbidades. Os demais têm que tomar cuidado, mas, se contrair o vírus, não precisa entrar em pânico. A preocupação com o emprego existe, é grande. Se coloque no lugar do chefe de família que ganhava R$ 2 mil e perdeu o emprego. E tem 40 milhões de informais no Brasil. Esses, em média, perderam 80% do seu poder aquisitivo. O governo criou o auxilio emergencial de R$ 600. Mas o governo não tem como manter esse auxilio por muito tempo. Por mês custa R$ 50 bilhões. Não podemos nos endividar tanto assim. Espero que os senhores governadores e prefeitos comecem a abrir o comércio o mais rápido possível, caso contrário os problemas vão se agravar e muito no Brasil", disse Bolsonaro.

O presidente também afirmou que a economia começou a dar sinais de recuperação. Ele citou os cem pontos atingidos pela Bolsa de Valores e também a taxa de juros, a Selic, a 2,25% . No entanto, a retomada dependeria da reabertura do comércio.

"Há sinais na economia, mas precisamos que governadores e prefeitos, dentro das responsabilidade que eles têm, comecem a abrir comércio. Caso contrário, as consequências serão danosas para todo o Brasil", declarou.