A Adidas, empresa alemã de materiais esportivos, prometeu nesta terça-feira (9) que 30% de seus novos contratados nas filiais dos Estados Unidos serão negros e latinos. Kasper Rorsted, CEO da empresa, citou em comunicado a busca por refletir sobre formas de combater as forças sistêmicas que suportam o racismo estrutural e cultural.
Leia também:
- João Pedro, morto em operação da polícia, foi baleado pelas costas, diz laudo
- Caso Miguel: nova perícia é feita no prédio de onde menino caiu no Recife
- Deixe sua timeline menos branca: conheça 5 influenciadoras negras para seguir
A novidade da Adidas foi anunciada justamente no dia do funeral de George Floyd , negro norte-americano assassinado por um policial branco em Minneapolis, cidade do estado de Minnesota, que provocou onda de protestos antirracistas e contra a brutalidade policial por todo o País e que se espelhou por outros lugares do mundo, como o Brasil, que teve atos no último domingo que reuniram as pautas antirracista e antifascista.
"Os eventos das duas últimas semanas nos fizeram refletir sobre o que podemos fazer para enfrentar as forças sistêmicas e culturais que apoiam o racismo", relatou o CEO da Adidas em comunicado.
Recentemente, a gigante de materiais esportivos vinha sendo criticada até mesmo por funcionários por não fazer tudo que está ao seu alcance para combater o racismo .
Além de aumentar a contratação de negros e latinos , a Adidas também anunciou outras medidas, que incluem aumentar a verba destinada a programas de apoio às comunidades afro-americanas em US$ 20 milhões. Os recursos terão como destino, por exemplo, um programa de basquete para comunidades vulneráveis e uma escola de design de calçados.
Além de aumentar a contratação e incentivar programas de apoio aos negros norte-americanos, a Adidas também garante que vai dar 50 bolsas de estudos para seus funcionários negros pelos próximos cinco anos.