Com os gastos extras causados pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), as contas públicas brasileiras fecharam abril com superávit déficit de R$ 94,3 bilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central (BC).
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O número, que exclui os gastos com juros da dívida, é referente ao chamado setor público consolidado, que engloba União, estados, municípios e empresas estatais.
O Governo central foi responsável pela maior parte do déficit , R$ 92,2 bilhões. Os governos regionais contribuíram com um resultado negativo de R$ 1,9 bilhão e as empresas estatais com R$ 195 milhões.
No acumulado do ano, o déficit é de R$ 82,6 bilhões, um resultado muito abaixo do mesmo período do ano passado, quando o Banco Central registrou um superávit de R$ 20 bilhões.
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Dívida pública
O Banco Central também divulgou o resultado da dívida pública bruta do governo geral, que compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social ( INSS ) e os governos estaduais e municipais. A dívida ficou em R$ 5,8 trilhões em abril, o que equivale a 79,7% do PIB.
O aumento da dívida foi de 1,3 pontos percentuais em comparação com março. Houve uma aceleração no endividamento para o pagamento das despesas causadas pela pandemia. Em março, a taxa de crescimento foi de 1,7 pontos percentuais.
Segundo o BC, as emissões de dívida, a desvalorização cambial e a variação para baixo do PIB foram os aspectos que mais contribuíram para o aumento da dívida.
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A dívida bruta divulgada pelo BC é acompanhada pelo mercado financeiro para medir a capacidade do país de pagar suas dívidas, o chamado nível de solvência.