Jair Bolsonaro e seu apoiador Luciano Hang, o 'Véio da Havan', que teve sigilos bancário e fiscal quebrados por possível financiamento a esquema de fake news
Eduardo Valente/Agência O Globo
Jair Bolsonaro e seu apoiador Luciano Hang, o 'Véio da Havan', que teve sigilos bancário e fiscal quebrados por possível financiamento a esquema de fake news

Bolsonaristas, os empresários Luciano Hang, conhecido como 'Véio da Havan', Edgar Gomes Corna, CEO da SmartFit, Reinaldo Bianchi Júnior e Winston Rodrigues, coordenador do Bloco Movimento Brasil, tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados nesta quarta-feira (27) por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Os quatro teriam financiado fake news contra o Supremo e, segundo Moraes, incentivado "a quebra da normalidade institucional e democrática".

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Antes da determinação da quebra de sigilo bancário, o ' Véio da Havan ', o dono da SmartFit  e os demais investigados tiveram um amanhecer amargo, marcado por agentes da Polícia Federal (PF) realizando operação de busca e apreensão em suas respectivas casas. Os dois teriam participação no financiamento do esquema de desinformações e mentiras em redes sociais, marcado, dentre outras coisas, por ataques ao STF.

Segundo o site O Antagonista , a operação mira ainda 8 deputados bolsonaristas, que terão que prestar depoimento em até 10 dias sobre apoio a atos antidemocráticos . A lista inclui Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio da Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio do Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP), e os deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, ambos representantes do PSL em São Paulo.

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Moraes disse, em sua decisão que "Toda essa estrutura [do esquema de fake news], aparentemente, estaria sendo financiada por empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, inclusive nos depoimentos dos parlamentares federais Nereu Crispim, Alexandre Frota e Joice Hasselmann, atuariam de maneira velada fornecendo recursos – das mais variadas formas –, para os integrantes dessa organização".

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O ministro do STF complementa ainda que essas pessoas são "possíveis responsáveis pelo financiamento de inúmeras publicações e vídeos com conteúdo difamante e ofensivo ao Supremo Tribunal Federal; bem como mensagens defendendo a subversão da ordem e incentivando a quebra da normalidade institucional e democrática".

Em seu Twitter, Luciano Hang negou as acusações e disse que "jamais" produziu ou financiou fake news contra membros do Supremo Tribunal Federal ou contra a instituição. "Nada tenho a esconder, tudo o que falo e penso está nas minhas redes sociais e é de conhecimento público, o que ficará comprovado no decorrer do inquérito. Meu computador pessoal e inclusive meu celular foram disponibilizados para perícia", afirmou o 'Véio da Havan'.

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