Soros sugere que o dinheiro arrecadado poderia ser alocado para aqueles que mais necessitavam
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Soros sugere que o dinheiro arrecadado poderia ser alocado para aqueles que mais necessitavam

O bilionário George Soros considera que a União Europeia pode se separar após a pandemia do Covid-19. O investidor diz que os danos podem ser graves, a menos que o bloco emita títulos perpétuos para ajudar membros considerados mais fracos, como a Itália, um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). 

Na avaliação de Soros, de acordo com a agência Reuters, os danos à economia da zona do euro decorrentes da pandemia podem durar "mais do que a maioria das pessoas pensa", acrescentando que a rápida evolução do vírus significa que seria difícil desenvolver uma vacina confiável.

“O que restaria da Europa sem a Itália? O afrouxamento das regras de ajuda pública, que beneficiam a Alemanha, são particulamente duras para Itália, que já era uma espécie de ‘velhinho doente’ da Europa e é o país que mais sofreu com a Covid-19”, disse o investidor.

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Conhecido pela trajetórai no mercado financeiro, o bilionário disse que os bônus perpétuos, usados pelos britânicos para financiar guerras contra Napoleão Bonaparte, permitiriam que o bloco sobrevivesse.

"Se a UE não puder considerá-lo agora, talvez não consiga sobreviver aos desafios que enfrenta atualmente", disse Soros em uma transcrição de sessão de perguntas e respostas enviada por e-mail a jornalistas.

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Ele acrescentou que, com países importantes como a Alemanha vendendo títulos com rendimento negativo, os títulos perpétuos facilitariam uma crise orçamentária iminente em todo o bloco.

Soros disse que a UE teria que manter seu rating de crédito 'AAA' para emitir essa dívida — e, portanto, deve ter poderes de aumentar os impostos para cobrir o custo dos título. "Os impostos só precisam ser autorizados; eles não precisam ser implementados", argumentou.

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