Os cartórios de todo o país superaram os bancos no número de operações suspeitas repassadas à Unidade de Inteligência Financeira ( UIF ) do Banco Central , órgão responsável pelo rastreamento de atividades ilícitas.

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De acordo com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil ( Anoreg/BR ), nos três primeiros meses deste ano, os cartórios remeteram 132 mil atividades suspeitas à UIF. Durante todo o ano passado, os bancos enviaram ao órgão 118 mil comunicações.

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Após receber as informações dos cartórios, a UIF elabora relatórios que são enviados ao Ministério Público caso seja confirmado que a compra de um imóvel ou a transferência de propriedade, por exemplo, não têm fundamento econômico ou foi paga em espécie.

As informações financeiras são usadas para investigar casos de corrupção , lavagem de dinheiro , tráfico de drogas e movimentações de organizações criminosas.

Em fevereiro, o Conselho Nacional de Justiça ( CNJ ) incluiu os cartórios no sistema de combate à corrupção e definiu que os tabeliães são obrigados a informar todas as movimentações suspeitas de pessoas qu e comparecerem às serventias.

Pelo Provimento nº 88 , os cartórios devem monitorar as condições da movimentação de registro de imóveis, de empresas e identificar o beneficiário final da operação.

Em dezembro do ano passado, o plenário do Senado aprovou a Medida Provisória ( MP ) 893/19, que transferiu a UIF , antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( Coaf ), do Ministério da Economia para o Banco Central ( BC ). A medida foi tomada após críticas à subordinação administrativa do órgão ao Poder Executivo .

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