O comércio mundial de bens deve cair a uma taxa nunca vista desde a crise financeira global de 2009, com as estimativas ficando cada vez mais sombrias nas últimas semanas, disse nesta quarta-feira a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês).
Com as medidas de contenção do coronavírus, o comércio de mercadorias deve ter caído 3% no primeiro trimestre em relação aos três meses finais de 2019, e espera-se perda de 26,9% no segundo trimestre, informou a Unctad. Na comparação anual, esses números seriam de quedas de 3,3% e 29%, respectivamente.
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"Neste momento, a forma da recuperação ainda não está clara; dependerá da rapidez com que as economias retornarão ao crescimento positivo e com que sua demanda por bens comercializados suba mais uma vez", disse o chefe de estatísticas da Unctad, Steve MacFeely.
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Enquanto isso, em Washington, o presidente do Federal Reserve (o Banco Central americano), Jerome Powell, afirmou que os danos causados pela pandemia de coronavírus à economia dos EUA podem ser "duradouros" e que mais medidas de estímulo podem ser necessárias.
"O apoio fiscal adicional pode ser caro, mas vale a pena se ajudar a evitar danos econômicos no longo prazo e nos deixar com uma recuperação mais robusta", defendeu Powell, em um discurso.
Powell disse que o país pode enfrentar um “período prolongado” de crescimento fraco e renda estagnada.
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